sábado, 18 de junho de 2011

Quote 71: Nick e Norah




Agora ele coloca o braço em volta de mim, aninhando-se. Ele adora fazer isso, e eu nunca me importo. Não é sexual, mas reconfortante.
-Meu pobre hetero caretão - diz ele. - Ninguém deve ficar sozinho numa noite dessas.
- Mas eu tenho você, Dev - respondo, tentando animar um pouco as coisas
- É bem verdade. Pelo menos até Ted voltar.
- Eu sei.
- Sabe do que se trata tudo isso, Nick?
- Do que se trata tudo isso?
- Disso, Nick. É disso que se trata.
- Não.

- Os Beatles.
- O que têm os Beatles?
- Eles sacaram.
- Sacaram o quê?
- Tudo.
- Como assim?
Dev tira o braço e o coloca no meu, pele com pele, suor com suor, toque com toque. Depois ele passa a mão na minha e entrelaça os dedos.
- Isto - diz ele. - É isto que os Beatles entendem.
- Acho que não estou acompanhando ...
- Nas outras bandas, é sobre sexo. Ou dor. Ou uma fantasia qualquer. Mas os Beatles, eles sabiam o que estavam fazendo. Sabe por que os 'Beatles ficaram tão importantes?
- Por quê?

- I Wanna Hold Your Hand. O primeiro single. É brilhante, porra. Talvez a música mais brilhante que já foi composta no mundo. Porque eles sacaram. É o que todo mundo quer. Não sexo quente o dia todo, sete dias na semana. Nem um casamento que dure cem anos. Nem um Porsche, um boquete ou um barraco de um milhão de dólares. Não. Eles querem segurar a sua mão. Eles têm um sentimento que não conseguem esconder. Cada canção de amor de sucesso dos últimos cinqüenta anos pode remeter a I Wanna Hold Your Hand. E cada história de amor de sucesso tem essesmomentos insuportáveis e intoleráveis de mãos dadas. Acredite em mim.
Eu pensei muito nisso. 
- I Wanna Hold Your Hand - repeti.
- Você já está segurando, meu amigo. Já está.
Ele agora fecha os olhos, os dedos ainda curvados no meus. Até a respiração de Dev é rock 'n' rolI, cheia de golpe e alvoroço. Tombo a cabeça em cima da dele. Ficamos sentados ali por um segundo, vendo o trânsito.


Dev conversa com Nick - Livro: Nick e Norah. Uma noite de Amor e Música, dos autores  Rachel Cohn e David Levithan, 2006.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Quote 70: Charles Chaplin


Já perdoei erros quase imperdoáveis, e tentei substituir pessoas insubstituíveis e esquecer pessoas inesquecíveis.
Já fiz coisas por impulso, já me decepcionei com pessoas
que nunca pensei que iriam me decepcionar, mas também decepcionei alguém.
Já abracei para proteger, já dei risada quando não podia,
fiz amigos eternos, amei e fui amado,
mas também já fui rejeitado, fui amado e não amei.
Já gritei e pulei de tanta felicidade, já vivi de amor
e fiz juras eternas,
quebrei a cara muitas vezes.
Já chorei ouvindo músicas e vendo fotos,
já liguei só para escutar uma voz, me apaixonei por um sorriso,
já pensei que fosse morrer de tanta saudade
e tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo).
Mas vivi! E ainda vivo!
Não passo pela vida... e você também não deveria passar.
Viva!

Sir Charles Chaplin, ator, diretor, produtor, roteirista, dançarino, comediante e músico britânico, 1889-1977

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Quote 69: Fringe


A natureza não reconhece o bem e o mal. Só reconhece o equilibro e o desiquilíbrio.

Walternate – o Walter Bishop do “outro lado” – (John Noble) explicando suas ações para poder destruir o “nosso lado”, em Fringe, 2008-presente.